terça-feira, 30 de abril de 2013

BOM SENSO


O que é o bom senso? Na realidade, é mesmo algo que com o passar dos tempos tem-se tornado démodé. As pessoas mal têm tempo para elas, quanto mais pensar nas pessoas, em geral. Isso sim, é o que as pessoas hoje chamam de perda de tempo.
Não faz muito tempo, que eu convivia com pessoas que estavam sempre prontas a dar os bons dias e a desejar aos outros boa onda e muita paz; que davam o lugar às pessoas mais velhas e respeitavam as filas no banco,  nas repartições públicas, onde os funcionários eram pessoas que sabiam que era sua função atender bem e com respeito, sendo remunerados por isso mesmo, e  respeitados pelas pessoas que atendiam.
Tudo corria bem! Só que … hoje, nada disso acontece ou acontece muito menos. A desculpa é que cada um tem seus próprios problemas e na realidade, o resto que se lixe!
Este egoísmo absoluto tem levado a  humanidade ao completo isolamento e consequentemente à carência afectiva, tornando as pessoas muito mais dependentes dos outros, ficando cada vez mais presos, emocionalmente.

Um comentário:

Anônimo disse...

O texto identifica a insensibilidade do mundo hodierno e põe a descoberto a cultura ocidental estéril do individualismo. São nos detalhes cotidianos que a falta de humanidade se faz mais presente. Acredito que o texto, ainda que não o diga de maneira explícita, traduz a crise do valor no homem que ocupa o planeta nos dias atuais. A ideia de valor passou a exprimir tão-só os objetos de preferência, subjetivos e individuais. Perdeu-se a noção objetiva e mais profunda dos antigos. O valor foi deturpado pela noção de valia do mundo globalizado e de um sistema econômico-financeiro baseado no consumismo e na ilusão do crédito fácil. A modernidade, a facilidade dos dispositivos eletrônicos e todas as maravilhas deste século potencializam o que há de mais superficial e ignorante nos homens que, a rigor, são mais frágeis que maus.

Conforme assevera o final do texto, o homem é um "ser-com". Já nascemos vinculados aos outros, de modo que a solidariedade, antes de uma faculdade ou possibilidade, é uma necessidade, uma lei natural que se expressa na teia da vida, quer saibamos disto ou não.

Grande beijo, Sussuca.

De mais "um cavalo solto no pasto" (você sabe quem).

Abraços.